Segue trecho de interessante texto, de autoria de João Ozorio de Melo, disponibilizado no site: http://www.conjur.com.br/2012-jun-27/noruega-reabilitar-80-criminosos-prisoes
A ação criminal contra o ativista de extrema-direita Anders Behring
Breivik despertou a atenção dos americanos e do mundo para as "prisões
de luxo" da Noruega. No princípio, os americanos ficaram horrorizados
com a ideia de que o "monstro da Noruega" fosse parar em um
estabelecimento correcional, cujas celas são bem melhores do que
qualquer dormitório universitário dos Estados Unidos. Uma apresentadora
de uma emissora de TV repetiu a zombaria que mais se ouvia no país: "Eu
quero ir para a Noruega cometer um crime" (Veja o vídeo).
Mas as autoridades norueguesas se explicaram a jornalistas americanos e
ingleses. Hoje, os proponentes da reforma do sistema prisional dos EUA,
há muito debatida, miram-se no exemplo da Noruega. Em termos de
resultados, os obtidos pela Noruega são bem melhores.
A taxa de
reincidência de prisioneiros libertados nos Estados Unidos é de 60%. Na
Inglaterra, é de 50% (a média europeia é de 55%). A taxa de reincidência
na Noruega é de 20% (16% em uma prisão apelidada de "ilha paradisíaca"
pelos jornais americanos, que abriga assassinos, estupradores,
traficantes e outros criminosos de peso). Os EUA têm 730 prisioneiros
por 100 mil habitantes. Essa taxa é bem menor nos países escandinavos:
Suécia (70 presos/100 mil habitantes), Noruega (73/100 mil) e Dinamarca
(74/100 mil). Mais ao Sul, a europeia Holanda tem uma taxa de 87/100
mil, e uma situação peculiar: o sistema penitenciário do país tem
"capacidade ociosa" e celas estão disponíveis para aluguel. A Bélgica já
alugou espaço em uma prisão da Holanda para 500 prisioneiros. Ou seja, o
melhor espelho para os interessados de qualquer país em melhorar seus
próprios sistemas, está na Escandinávia e arredores, não nos Estados
Unidos.
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